segunda-feira, 4 de junho de 2018

Jogo atrasa, e narrador relata drama com horário na transmissão: "Perdi o ônibus"



Após viagem de 30hs,em uma distância de 3 mil km,radialista de piripiri,vive uma aventura,

ara transmitir uma partida válida pela série D do campeonato brasileiro de futebol. 

A narração de Resende Araújo de Interporto e 4 de Julho, pela última rodada da Série D do Campeonato Brasileiro, será marcante na carreira do locutor de 53 anos – 35 deles dedicados ao rádio. Para poder transmitir a partida, Resende viajou 30h de ônibus de Piripiri, no Piauí, até Porto Nacional, Tocantins. A aventura de 3 mil quilômetros na estrada virou drama quando a bola rolou.Resende tinha fretado um táxi para levá-lo do estádio General Sampaio, local do duelo, a Palmas, onde partiria da rodoviária para encarar outras 30 horas de retorno até sua casa. Só que o confronto atrasou: 30 minutos à espera da ambulância e outros 25 minutos de atendimento ao atacante Patrick, que fraturou a perna. O aviso que perderia o ônibus, além da incerteza de quando voltaria ao Piauí foi tudo registrado na transmissão. Enquanto narrava um lance, o perrengue também era descrito com a mesma emoção.



Resende só chegou em casa na madrugada de terça-feira depois de ter saído sábado, às 2h. Inteiro após a aventura, ele lembrou da situação narrada durante o jogo. Ele pedia calma à família pelo medo de passar mais dias além do previsto em Tocantins.
- Chegando a Porto Nacional, contratei logo um táxi, para levar de volta até Palmas após o jogo. O ônibus sairia da rodoviária às 21h de domingo. Contratei, então, o táxi por R$ 180 e pedi para chegar 20 minutos antes da partida acabar, o jogo começava 18h, então terminaria pouco antes das 20h. Quando o jogo foi começar, vieram os problemas. O juiz ficou esperando 29 minutos pelo médico e disse que a ambulância deveria ter um desfibrilador. Fiquei já meio assim... O jogo já terminaria atrasado. Aí o jogador quebrou o pé, e foi uma nova parada de 23 minutos. Pensei, logo perdi o ônibus – conta Resende, da Rádio Itamaraty FM, relembrando a fala durante a transmissão.
Resende Araújo dentro do ônibus (Foto: Arquivo Pessoal/Resende Araújo)Resende Araújo dentro do ônibus (Foto: Arquivo Pessoal/Resende Araújo)
- Não podia deixar a narração do jogo para pegar o ônibus. Não poderia parar e dizer, ‘calma aí gente, vou ter que pegar o ônibus’. O presidente do Interporto ouviu o meu clamor, de que as linhas tinham sido suspensas por conta da greve, e não sabia qual dia voltaria para casa. O presidente então disponibilizou o apartamento do CT. Falei que não tinha dinheiro para comer, mas o presidente falou que iria comer junto com o time – descreveu o locutor.
O jogo acabou às 20h44. O ônibus partiria às 21h. Porém, de Porto Nacional a Palmas são 70km. Resumindo: o que Resende temia, perder a viagem, aconteceu. Mesmo assim, o locutor resolveu arriscar e tentar na rodoviária da capital de Tocantins a possibilidade de encontrar horário de algum transporte para voltar ao Piauí. Contudo, a empresa que faz linha ao estado só teria um novo carro com o destino disponível para as 23h de segunda-feira.
Ou seja, Resende teria que esperar mais um dia para pegar o busão de volta. Se a viagem estava louca, o narrador não esperou e tentou a sorte. E depois de tantas zebras, ela sorriu.
- Tinha uma van, apenas uma van. Ela ia para Araguaína. Minha ideia era ir até lá para pegar a BR 153, a rodovia Belém-Brasília, tentar a sorte, para pegar um ônibus lá porque Palmas estava isolada. Queria vir embora. Paguei R$ 70, vim na van imprensado, correria braba. Quando a van parou para abastecer em uma cidade, vi o ônibus da empresa que tinha perdido estacionado no posto. Desci da van com a sacola na mão e fiquei olhando passar no letreiro o destino. Passou, Palmas, Balsas e Teresina. Olhei de novo, perguntei ao motorista: esse ônibus passa em Teresina? Ele disse que sim. Aí peguei as coisas da van, perguntaram para onde iria, e disse que iria para casa – relatou Resende, narrando ainda que o ônibus ficou no prego por três horas no Maranhão.
- Graças a Deus cheguei em casa.

O 4 de Julho narrado por Resende acabou eliminado da Série D do Campeonato Brasileiro na fase de grupos. Agora, o time de Piripiri só volta a jogar em 2019, o Campeonato Piauiense. Foi a primeira participação do Colorado na Quarta Divisão.
Fonte : Globo Esporte.com?Pi
Fotos: Arquivo Pessoal do Próprio locutor(Resende Araújo)



FonteO 4 de Julho narrado por Resende acabou eliminado da Série D do Campeonato Brasileiro na fase de grupos. Agora, o time de Piripiri só volta a jogar em 2019, o Campeonato Piauiense. Foi a primeira participação do Colorado na Quarta Divisão.




en    Resende só chegou em casa na madrugada de terça-feira depois de ter saído sábado, às 2h. Inteiro após a aventura, ele lembrou da situação narrada durante o jogo. Ele pedia calma à família pelo medo de passar mais dias além do previsto em Tocantins.
- Chegando a Porto Nacional, contratei logo um táxi, para levar de volta até Palmas após o jogo. O ônibus sairia da rodoviária às 21h de domingo. Contratei, então, o táxi por R$ 180 e pedi para chegar 20 minutos antes da partida acabar, o jogo começava 18h, então terminaria pouco antes das 20h. Quando o jogo foi começar, vieram os problemas. O juiz ficou esperando 29 minutos pelo médico e disse que a ambulância deveria ter um desfibrilador. Fiquei já meio assim... O jogo já terminaria atrasado. Aí o jogador quebrou o pé, e foi uma nova parada de 23 minutos. Pensei, logo perdi o ônibus – conta Resende, da Rádio Itamaraty FM, relembrando a fala durante a transmissão.
Resende Araújo dentro do ônibus (Foto: Arquivo Pessoal/Resende Araújo)Resende Araújo dentro do ônibus (Foto: Arquivo Pessoal/Resende Araújo)
Resende Araújo dentro do ônibus (Foto: Arquivo Pessoal/Resende Araújo)
- Não podia deixar a narração do jogo para pegar o ônibus. Não poderia parar e dizer, ‘calma aí gente, vou ter que pegar o ônibus’. O presidente do Interporto ouviu o meu clamor, de que as linhas tinham sido suspensas por conta da greve, e não sabia qual dia voltaria para casa. O presidente então disponibilizou o apartamento do CT. Falei que não tinha dinheiro para comer, mas o presidente falou que iria comer junto com o time – descreveu o locutor.
vResende só chegou em casa na madrugada de terça-feira depois de ter saído sábado, às 2h. Inteiro após a aventura, ele lembrou da situação narrada durante o jogo. Ele pedia calma à família pelo medo de passar mais dias além do previsto em Tocantins.
- Chegando a Porto Nacional, contratei logo um táxi, para levar de volta até Palmas após o jogo. O ônibus sairia da rodoviária às 21h de domingo. Contratei, então, o táxi por R$ 180 e pedi para chegar 20 minutos antes da partida acabar, o jogo começava 18h, então terminaria pouco antes das 20h. Quando o jogo foi começar, vieram os problemas. O juiz ficou esperando 29 minutos pelo médico e disse que a ambulância deveria ter um desfibrilador. Fiquei já meio assim... O jogo já terminaria atrasado. Aí o jogador quebrou o pé, e foi uma nova parada de 23 minutos. Pensei, logo perdi o ônibus – conta Resende, da Rádio Itamaraty FM, relembrando a fala durante a transmissão.
Resende Araújo dentro do ônibus (Foto: Arquivo Pessoal/Resende Araújo)Resende Araújo dentro do ônibus (Foto: Arquivo Pessoal/Resende Araújo)
Resende Araújo dentro do ônibus (Foto: Arquivo Pessoal/Resende Araújo)
- Não podia deixar a narração do jogo para pegar o ônibus. Não poderia parar e dizer, ‘calma aí gente, vou ter que pegar o ônibus’. O presidente do Interporto ouviu o meu clamor, de que as linhas tinham sido suspensas